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Para se despedir de 2019, uma história de sonho e esperança, para que os associados do ClubeCafé, pensem em seus projetos e os realize.

‘Flor do Café”, um lugar para prosperar.

         …Terra tombada, solo sagrado, chão quente.

           Esperando que a semente venha lhe cobrir de flor.

               (José Fortuna e João Dorácio)

 

O século XXI se despontava trazendo expectativas de uma nova era de amor e realizações.

Nesse momento, lá pelas bandas das terras do Vale do Paraíba, havia um pequeno sítio, o Flor do Café, no qual uma singela lavoura de café era promessa de novos tempos. Lá vivia José e Maria, jovens sonhadores que amavam a terra e acreditavam que ali, naquele chão, tirariam o sustento para a família que tanto desejavam ter.

Casados há pouco tempo, lavravam a terra do raiar do sol até o entardecer. José sonhava em ser um cafeicultor prospero e ver a “Flor”, como carinhosamente chamava seu rincão, tomar as colinas em seu entorno, tingindo de verde cada palmo daquele chão e produzindo o melhor café da região. Os jovens, que conheceram o café especial na cidade grande, desejavam que o nome “Flor do Café” fosse estampado em rótulos do mais saboroso Café Gourmet.

Os pés de café, que enfileirados seguiam em curvas pela colina eram a esperança de tempos melhores e da vinda dos filhos tão desejados. Maria que trouxera como dote, as primeiras mudas de café arábica, esperava ver os pés, agora crescidos, botarem os botões de flor e abri-los em total esplendor.

A primavera despontou e com ela a esperança se fez presente nos pequenos botões que tomavam os galhos do café. José vibrava com a vinda da florada e Maria já via a pequena casa se alegrando com o riso de um bebê.

Mas, apesar de ser primavera, veio um vento frio, que fez a temperatura cair e de madrugada a geada tomou toda a lavoura, congelando os delicados botões em gestação. Pela manhã, a triste visão, o cafezal estava lindo, coberto de branco, mas não eram as flores e sim o branco frio da geada, o branco frio dos esvair dos sonhos.

Percebendo a tristeza de José, Maria o abraçou e suavemente murmurou em seu ouvido.

_ No próximo ano ele florescerá.

Um ano se passou, nos campos a primavera desponta trazendo a beleza à pequena lavoura de café. O Flor estava em festa, a esperança acompanhava o ventre de Maria no qual uma vida despontava como os botões nos pés de café.

José e Maria passavam os dias entretidos nos cuidados com a lavoura, tendo o olhar voltado aos botões que cresciam a olhos vistos, prometendo a primeira florada. Cinco anos de espera e ali o futuro feito flores, se despontava.

Outubro se findava quando em uma manhã de brisa amena o perfume adocicado do café se espalhou por todo canto. José e Maria abriram a janela e se depararam com a visão mais linda do mundo; a florada do café. Pela primeira vez a Flor de Café fazia jus a seu nome, pois os pés floresceram cobrindo a lavoura de um branco puro e suave.

Vendo de longe, os galhos pareciam ter sido tecidos por mágicas rendeiras espalhando suas tramas por toda a extensão do pé de café. As pequenas flores de cinco aveludadas pétalas, cujo perfume enlouquecia as pequenas abelhas que, em seu coroar buscavam o néctar para delicioso mel de flor de café, anunciam a fartura da safra.

A pequena morada se vestiu de festa e quando os primeiros chumbinhos se fizeram ver, a alegria e a gratidão à terra invadiram o coração de José.

Os meses passaram e com o inicio de maio pés estavam cobertos com os “cerejas’ de um vermelho forte e vivo entre os mais novos, ainda esverdeados.  Panos forraram toda a extensão do cafezal, preparando o inicio da colheita que seria feita a mão, com muito cuidado para não prejudicar os galhos e os frutos que seriam colhidos em outro momento. Era preciso manter a qualidade dos grãos para que pudessem produzir grãos adequados ao um  Café  Gourmet.

Colhe e ali mesmo aos pés do cafezal, abana os frutos levantando ao vento as impurezas. O terreiro se cobriu com o café pronto para a secagem. Era lindo de ver. O sonho estava acontecendo. Muito ainda era preciso trabalhar, havia o beneficiamento, a torra e a moagem. Em meio a tudo a classificação do grão, enfim muito trabalho até que pronto pudesse ser ensacado e comercializado levado o nome “Flor do Café”.

Em meio à realização do sonho da safra abundante, surge o grito de alegria, do pequeno Gabriel que nascia.

A pequena “Flor de Café” entra para uma nova fase, café produzido, com todas as etapas concluídas e sonho de comercialização muito perto de acontecer.  Agora um novo momento se descortina. Momento de acalentar da terra e de acarinhara a família, na espera de nova colheita.

Dezenove anos se vão, e a pequena propriedade se transforma na produtiva fazenda “Flor do Café”. Lá todos se beneficiam do sonho de José, Maria, o jovem Gabriel e a pequena Manoela. Na cidade, a cafeteria Café em flor está sempre repleta de apreciadores do mais gostoso café da região, o “Flor do Café” 100% arábica em blends que agradam a todos os paladares.

O sonho se fez realidade, fruto de trabalho e dedicação.