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soluc%cc%a7a%cc%83o-ate-para-recessa%cc%83o1“Cortem o cafezinho”. A frase comum – as vezes em tom de piada, as vezes pra valer – é fatal em períodos de recessão econômica para empresas e instituições. Aliás, você deve estar cansado de ouvir falar em recessão nestes primeiros meses de 2016. Bem, acredite, o cafezinho é a última coisa que qualquer um deveria pensar em cortar nessa hora. Sirva-se, e explico o porquê nesta pequena viagem pela estimulante química do café.

A sabedoria milenar já havia identificado e a experiência diária dos trabalhadores em plena Revolução Industrial comprovou definitivamente os poderes do café como estimulante. Não foi à toa: a bebida naturalmente tem alcalóides (cafeína e outros), ácidos orgânicos (como o vanílico), flavonoides, salicilatos, óleos essenciais, vitaminas (nicotinamida, ácido ascórbico, tiamina, riboflavina, caroteno), minerais (cálcio, fósforo, ferro) e outros. Desses, a cafeína é a única que permanece inalterada após a torrefação.

O resultado mantém a pessoa “desperta, ativa e de bom humor”, como explica Darcy Roberto Lima, em artigo publicado em Café e Saúde (sessão no site da Associação Brasileira da Indústria do Café – ABIC).   Segundo ele, a cafeína estimula a vigília, atenção, concentração e a capacidade intelectual, enquanto os ácidos clorogênicos (como os polifenóis) influem no humor, evitando depressão e até consumo de drogas ilegais. Outro especialista, Juliano Ribeiro –, doutor em química e pesquisador do IAC – Instituto Agronômico de Campinas – admite, em artigo para a Revista Cafeicultura, que a ingestão excessiva pode ter efeitos negativos para alguns como irritabilidade, agitação, dor de cabeça, ansiedade, insônia e até arritmia cardíaca.

Bem, sem excessos, fica evidente que o café não deve ser visto como vilão das finanças empresariais, nem de brincadeira, muito ao contrário. Se há quem possa ajudar nessas horas a dar a volta por cima, sem dúvida, é o velho e bom cafezinho.

por Emerson Castro