Escolha uma Página

Todo apaixonado por café sabe descrever exatamente o que gosta de sentir ao sorvê-lo, mas, nem todos buscam saber a história por trás de cada tipo de grão e as variedades disponíveis. É bem certo que já há muitos especialistas no Brasil e pelo mundo. Experimente, por exemplo, entrar em uma cafeteria e perguntar ao barista qual é o melhor café que ele serve e ouvirá uma explicação longa sobre cada tipo de grão, cada blend, cada forma de cultivo, de moagem, de torra etc.

Cafe-sem-acucar

Há uma procura cada vez maior por esta profissão de barista, e, não é a toa, já que o consumo de café no Brasil teve um crescimento de 4,80% segundo a medição realizada entre novembro de 2017 a outubro de 2018, pela Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic). E, segundo Nathan Herszkowicz , diretor executivo da Abic, declarou em entrevistas, a previsão para 2019 é chegar a marca de 3.6% de aumento de consumo.

E já que há uma tendência do café continuar sendo uma estrela entre os produtos brasileiros mais vendidos aqui e no mundo, por que não descobrir um pouco mais sobre essa estrela? Fique atento, porque o Clube Café fará viagens incríveis para lhe contar não só a origem dos grãos, mas toda a sua trajetória até que ele chegue até sua xícara.

Agora é a vez de falar de um dos queridinhos entre aqueles que gostam de café gourmet: o Bourbon.

Quem registrou a história no passado conta que o rei francês Louis XIV ganhou alguns grãos do burgomestre de Amsterdã, e depois que deram os primeiros frutos foram plantadas mais mudas na Ilha de Réunion, que naquele período era denominada de Ilha de Bourbon. 

Bourbon é uma palavra francesa, variante de Borba, cuja origem vem do celta, e para esse povo escrevia-se borva e significava fontes, nascentes.

Se o nome do grão foi dado em homenagem a ilha não foi confirmado pelas histórias que contam, mas, parece um excelente nome, para um grão tão nobre que gera um café de sabor inigualável, já que termina em “bon”, e, para nós, tudo que é bom tem que ser compartilhado, degustado sem pressa.

No Brasil esse grão chegou há mais de 100 anos. Uns dizem que foi um cafeicultor que trouxe as mudas, outros contam que foi o Governador Central da época que encomendou os grãos. Mas, o que importa é que o Bourbon é largamente produzido atualmente e a qualidade do cultivar gera um café digno de estar no podium entre os melhores café, não importa se é o Vermelho ou Amarelo, ambos são excelentes.

Cultivado a uma boa altitude, em solo e clima adequado, garantem seu aroma intenso, sua doçura natural e textura achocolatada colaborando para que se sinta uma agradável acidez ao prová-lo. Quem já provou os dois arrisca dizer que o amarelo tem uma doçura ainda mais presente e é a variedade que requer mais cuidados no manejo da plantação, fatores que sempre elevam o preço do produto final.

E, para quem não entende nada de condições ideais para plantar e colher os melhores grãos, não imagina as dificuldades em produzir um fruto da qualidade. Há cafeicultores que levam cerca de quatro anos até ter a satisfação da primeira colheita, e a as mudanças climáticas que vêm ocorrendo são prejudiciais porque levam a mais de uma floração por ano, às vezes antecipando a maturação, o que interfere na qualidade dos frutos.

Agora que já sabe um pouquinho mais sobre o Bourbon e as dificuldades dos cafeicultores, está na hora de um cafezinho para refletir quanto vale uma xícara desse elixir da vida!

E, continue acompanhando nossas publicações, o Clube Café sempre traz muitas histórias e curiosidades sobre o mundo do café.

 

Fontes:

http://www.editoragazeta.com.br/sitewp/wp-content/uploads/2019/03/CAF%C3%89_2019-1.pdf

https://revistacafeicultura.com.br/?mat=19954